“Correu milhas sem sapatos, se o sol vai embora cedo
demais, abrace a lua com olhos estrelados.“ – MisterWives
Uma noite chuvosa
alguém bateu a porta do Rapaz, era a Bailarina. Seu cabelo pingava por
conta da chuva, seus olhos cor de esmeralda agora pareciam perdidos agora. Ela
não quis conta-lhe como chegou ali, disse apenas do seu circo havia ido embora
e ele acolheu ela, é claro. E eles se amaram. O tempo passou e eles se amaram
ainda mais. Mas o tempo foi cruel. O Rapaz precisaria ir para a guerra, teria que deixar a doce e indefesa Bailarina para trás.
Os outros militares vieram o Rapaz buscar
e a Bailarina não saiu do portão por nenhum momento e quando eles foram ela também
não saiu e ficou lá parada por um longo tempo. Os dias se arrastaram, os meses se arrastaram,
mas o Rapaz nunca voltou, ele estaria perdido no espaço e no tempo para sempre e a
Bailarina já sabia disso. Ela vagou solitária nas estradas em busca dele, mesmo
sabendo que não o encontraria, ela não vivia mais, ela simplesmente
existia. O tempo e a estrada a gastou
tanto que ela enfim o esqueceu, esqueceu de como era sua voz, esqueceu de como
era o seu rosto, mas lembrava dele todos os dias e lembrava-se dos seus olhos e sofria todos os dias.
Por: Larissa Trajano