02/09/2016

A bailarina ( Parte 01)




"O amor acontece todo o tempo, para as pessoas que são amáveis e para os heróis que são cegos.” – Paramore


    Era uma vez uma Bailarina, e um Militar e eles se amaram antes de tudo acontecer. Em uma cidade pequena como aquela a chegada de um circo era a maior novidade que se poderia ter. A cidade era tão minúscula que nem possuía um cinema,o maior passa tempo dos moradores talvez fosse reunir-se à tarde na praça para jogar a conversa fora. Um circo traria a pequena Roseville novos ares e isso empolgava a todos, principalmente as crianças, mais especificamente para o filho do prefeito, bem, o rapaz já não era mais uma criança, mas os circos sempre o encantaram, ele não sabe bem o que, talvez a capacidade de ir e vir, trazendo e levando alegria e tristeza para todos os lugares, por que não existe um sem o outro. 
  Na noite em que o circo chegou à cidade, vendeu todos os ingressos, em uma cidade tão pequena, era certo que o espaço do circo era suficiente para abrigar a todos os moradores em uma só noite, de uma só vez.
  O prefeito e seu filho tinham lugares especiais na primeira fileira. Atrás das cortinas a bailarina espiava sua platéia,toda a vida da jovem havia sido dentro desse circo, sem um lar fixo, apenas indo embora sem criar laços. O nervosismo tomava conta da coitada, que se tremia inteira. Foi então que ela o viu, ele estava ali bem na primeira fileira, parecia encantado com tudo, como se fosse sua primeira vez em um circo. Ele a viu também, seus cabelos loiros puxados para trás, olhos cor de esmeralda sobressaltados, escondia seu pequeno e indefeso corpo atrás da cortina como se o tecido vermelho fosse capaz de protegê-la de todos os seus medos. Os olhos esmeraldas da Bailarina encontraram os olhos azuis acinzentados do rapaz e ficaram assim por alguns instantes que para eles, pareciam horas e ficaram assim também durante toda a apresentação e claro que eles viveram um romance. 
  Mas havia algo triste nessa historia, um via no outro o que o outro queria para si. O Rapaz possuía uma vida fixa e bastante estável enquanto a Bailarina tinha uma vida incerta e imprevisível. 
  Conforme foram vivendo o romance algo os perturbava, o circo iria embora, e é claro, a Bailarina fazia parte dele. 

Continua...

Por: Larissa Trajano 

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