11/03/2017

Divergente ( Resenha do livro)


  Há um tempo atrás eu fiz a resenha do Filme de Divergente, e acho que devo minhas sinceras desculpas a todos que a leram, é evidente que eu planejo assistir ao filme novamente e substitui-la por uma nova, porém até o momento em que eu havia feito essa resenha eu ainda não havia lido os livros da trilogia e agora que li, eu não poderia deixar de fazer uma nova resenha com o ponto de vista do livro.

Como deve ser do conhecimento de muitos, divergente é uma utopia com uma analise-critica social muito, muito forte, eu diria que quase tão forte quanto a de jogos vorazes. Como a nossa narradora é a Beatrice, as facções nos são apresentadas de acordo com o seu nível de conhecimento de cada uma delas. Franqueza, " Valoriza a honestidade e enxerga a verdade em preto e branco." Abnegação, valoriza fortemente o altruísmo. A Erudição, valoriza a sede por conhecimento. Audácia, valoriza a coragem e a bravura e por ultimo mas não menos importante temos a Amizade que valoriza o companheirismo e com isso temos cinco facções. 
A analise-critica desse primeiro livro ainda não é tão forte quanto eu estou encontrando no segundo que é demonstrada de uma forma mais especifica. Mas podemos ver nesse primeiro livro ( assim como nos demais) que há um preconceito enorme por tudo aquilo que é diferente no mundo de divergente. Você TEM QUE se encaixar em apenas uma facção, pessoas que se encaixam em mais de uma facções ou em nenhuma, são consideradas anormais, ou uma ameaça. Os lideres representantes tentam impor esse padrão, tentam colocar as pessoas nessas "caixas" por que acha que com o mundo divido haverá "paz", tanto é que, pessoas de facções diferentes raramente interagem e podem ser diferenciados pela cor de suas roupas.
" Há décadas, nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia politica, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana e na sua inclinação para o mal ,seja qual for sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem do mundo." - Pagina 48.
Certo temos que admitir que esse discurso nos faz pensar. Mas como os seres humanos são os seres humanos é obvio que eles não podem ser controlados, a ideia apesar de ser boa e ter boas intensões a principio, não poderia da certo pelo simples fato que não são todos aqueles que aceitariam de boa serem colocados em uma caixa para viver pelo resto da vida de uma unica maneira e claro que ao longo do tempo iria surgir conflitos entre as facções para ver quem seria melhor, ou ate mesmo pela busca de um poder maior e no livro não poderia ser diferente. Conforme vamos lendo, vamos percebendo as dificuldades de adaptações que a Beatrice tem em sua nova facção, justamente por se "encaixar" em mais de uma.
Como eu disse a principio é uma ideia boa que poderia funcionar, se não fossem pelas pessoas diferentes os Divergentes, os que não podem ser controlados, os que questionam aquilo que lhe é imposto, aqueles que por serem diferentes são vistos como "anormalidade" já que os soros que lhe são aplicados em simulações e etc não funcionam nele com deveria e por isso acreditam que há algo de anormal em seus cérebros.
Mas acho que o que esse primeiro livro quer nos fazer é nos fazermos questionarmos se vale a pena viver dentro dos padrões imposto pela sociedade e claro nos preparar para as inúmeras e inúmeras criticas e questionamentos que possuem o segundo livro.
É um livro de muito peso social e que vale muito a pena ser lido.
Por: Larissa T,

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